sexta-feira, 4 de julho de 2008

A Fama no Púlpito

A fama no púlpito

“O pastor é show!” Com uso da psicologia e auto-aujda uma nova geração de pregadores dá espetáculo e reinventa a fé que mais cresce no Brasil “. (revista veja julho 06)”. Notícias como esta, já não são de se admirar no espaço religioso atualmente. O crescimento do protestantismo favorece na quantidade de novos membros, e pouco se exprime sobre o evangelho da cruz. O evangelho triunfalista tem lotado as instituições religiosas. A busca pela prosperidade vem sendo usada como trunfo para a atração dos fiéis. Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde nem os ladrões nem minam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.(MAT 6: 19, 21)”. A intensa procura pelas coisas terrenas, tem deixado o evangelho da cruz em segundo plano, ou pior, nem é mais mencionado nas pregações triunfalista. Buscar primeiramente o reino de Deus e amá-lo sobre todas as coisas e a leitura da palavra divina, vem sendo substituída por uma boa retórica e consultas em livros de auto-ajuda. Com o crescimento avançado de adeptos ao protestantismo, a formação de pastores e líderes religiosos tem crescido na mesma proporção. *A formação destes deveria chegar de 4 a 5 anos, com seminário de teologia mais estágio de um ano na igreja sob supervisão de um ministro , além destes requisitos, o chamado do Senhor era de suma importância. Com o crescente número de adeptos, a formação de pastores para multidões é simplificada com cursos ministrados nas próprias instituições com cursos práticos, tendo como temas: oratória, etiqueta, e gerencia financeira de templos; em nenhum momento é citados estudo da palavra, jejum e oração, e a ordenação do Senhor. Os novos pastores assim chamados são formados em publicidade e propaganda, marketing e em outros setores relacionados à comunicação e a mídia. O pastor tem que aparecer bem na TV. A verdadeira função de pastor não é mais exercida pelos líderes formados pelos pastores celebridades. O número de adeptos ao evangelho triunfalista tem sido relevante, mas são poucos que negam a si mesmo e tomam a sua cruz, e que realmente seguem as pegadas do mestre, são poucos que vão em busca de ajuda espiritual e proteção divina, e esses novos convertidos, ou convencidos, ainda pequenos na fé lotam as igrejas em busca de tesouros passageiros.”Mas, buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e as outras coisas vos serão acrescentadas”.(MATEUS. 6:33) “. “O pastor é show!” Mas o mundo não é. Os pastores estrelas, não preparam suas ovelhas para as ciladas que o inimigo tem planejado, e muitas delas realizadas. Os pastores consagrados no Senhor, não deixam de buscar mais conhecimento para seu crescimento intelectual e principalmente espiritual, mas a sua fonte de pesquisa é a leitura da bíblia e a busca de um relacionamento íntimo com o Senhor. Isso reflete na própria igreja; como o pastor é um líder e um exemplo, cabe a nós como corpo de Cristo, zelar pela vida dos nossos pastores, e agradecer a Deus pelos pastores que buscam um relacionamento intimo com o Senhor Jesus e pelo cuidado tido com suas ovelhas, para que não sejam corrompidas pelo evangelho da prosperidade.
Pollyana Gonçalves
*Fonte: Revista Veja, Ed. Abril, ano 39- n 37, 12 de julho de 2006. Pg 76 a 85.

3 comentários:

Geremias Soares da Cruz disse...

Infelizmente tem sido essa a realidade. No meu pouco conhecimento, só posso dizer que o sacerdócio cristão se transformou em uma profissão rentável. Já vi certo pastor recém ordenado dizendo que sua permanência na Bolívia por determinado espaço de tempo enriqueceria seu "currículo"...
"Currículo"? "Carreira profissional"?
Ou vocação ministerial?
Contemporaneidade e suas mazelas ou falta de temor ao Supremo Criador?
Que Deus tenha piedade!

Geremias Soares da Cruz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Geremias Soares da Cruz disse...

Infelizmente tem sido essa a realidade. No meu pouco conhecimento, só posso dizer que o sacerdócio cristão se transformou em uma profissão rentável. Já vi certo pastor recém ordenado dizendo que sua permanência na Bolívia por determinado espaço de tempo enriqueceria seu "currículo"...
"Currículo"? "Carreira profissional"?
Ou vocação ministerial?
Contemporaneidade e suas mazelas ou falta de temor ao Supremo Criador?
Que Deus tenha piedade!