segunda-feira, 9 de junho de 2008

Missões Uma Jornada de Fé

Missões – Uma Jornada de Fé


*Evanildo Ferreira da Silva


“Não ocultei no coração a tua justiça; proclamei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua graça e a tua verdade”. (SALMO 40:10).

Introdução

Um sério problema vem afetando inúmeras igrejas cristãs nas últimas décadas. Parece estar havendo um distanciamento do sentido original da missão que o Senhor Jesus confiou à sua igreja. A pergunta que nunca se cala é: Por que a maioria dos crentes não se envolve efetivamente nas atividades evangelísticas regulares de suas igrejas? Poderíamos apresentar diversas justificativas para essa realidade. Mas o que está mais evidente é, de fato, o desconhecimento e o distanciamento da verdade.

Sobre o problema da verdade, é importante analisarmos a pergunta feita por Pilatos a Jesus. Jesus havia dito a ele: “Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade” (JOÃO 18:37). À luz desta declaração de Jesus, Pilatos então pergunta: “Que é verdade?”. Com esta pergunta ele, cinicamente, levantou a maior dúvida da filosofia, que era a discussão sobre a verdade, o logos (λογος), “razão demonstrativa”. Parafraseando, Pilatos estava dizendo: Você veio dar testemunho de que verdade? Enquanto que para Pilatos a verdade era um objeto, para Jesus, a verdade era uma pessoa. A pergunta seria mais pertinente se o “quem” tivesse sido usado em lugar de “que”. A pergunta mudaria, então, para: “Quem é a verdade?”. A esta pergunta responderíamos: A verdade é uma pessoa, Jesus é a verdade. Essa compreensão estava longe da mente de Pilatos. Tanto é verdade, que ele mudou de assunto rapidamente e não se interessou em ouvir a resposta de Jesus. Sua atitude revelou um absoluto desconhecimento da Verdade

Uma igreja conhecedora da verdade, mas que dela se distanciou, perdeu, conseqüentemente, o sentido de sua existência no mundo. Jesus é o logos divino, é a verdade em sua essência. Anunciar Cristo é anunciar a verdade libertadora. “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (JOÃO 8:31-32). A primeira coisa a se fazer é retornar ao principio fundamental da Verdade que é Cristo. Somente assim poderemos estar inseridos na Grande Comissão. Isso exigirá uma entrega incondicional ao serviço do Mestre e segui-lo fielmente. George Peters, descrevendo sobre os que querem seguir a Cristo, disse: “Seguir a Cristo significa identificarmos diariamente a totalidade de nossa vida com a totalidade da vida de Cristo”. (PETERS, 2001). Seguir a cristo, portanto, exigirá de cada discípulo um relacionamento de amor contínuo com o Senhor, que seja real, pessoal e prático. Na medida em que isso for acontecendo, a identidade de Cristo começará a aparecer na vida de seus discípulos. A partir daí, a Verdade não será apenas anunciada, mas, principalmente vivenciada através de cada discípulo.

I

Uma jornada de fé vivendo a verdade que liberta



O principal ponto que gostaria de apresentar nesse primeiro momento, está relacionado mais uma vez à questão da verdade, a verdade que liberta. E se é uma verdade libertadora, logo, está intimamente ligada à responsabilidade. Nesse sentido, verdade, liberdade e responsabilidade não podem se separar.

O Cristianismo, portanto, precisa receber este novo olhar, ou melhor, o antigo olhar projetado pelo Senhor Jesus. A verdade aqui, do grego, Alethéia, possui uma íntima conexão com a liberdade. Quando Jesus fala sobre a Verdade, associa esta Verdade imediata e diretamente à liberdade: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

A filosofia existencialista de Paul Sartre diz que “o homem está condenado a ser livre”. Condenado, porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer. Para Sartre, ser livre é uma condição para a existência humana, e que a sua existência precede a essência. No uso de sua liberdade o homem é responsável por fazer o bem e, qualquer ação que venha a realizar, que não busque o bem comum, é por ele considerado má fé. O ser humano vive, portanto a angustia de ter nas suas ações o modelo para todos os demais seres humanos. Para Sartre, Deus não existe e o homem só precisa de si mesmo. Não necessita, portanto, de nenhum referencial ético moral ou religioso como fundamento para se orientar no exercício da prática do bem. Ele constrói sua própria existência a partir de si mesmo.

O pensamento cristão contrapõe a esse tipo de existencialismo. Para o cristão, a essência precede a existência, ou seja, há um princípio criador que determina a existência humana. Deus é esse princípio, e é ele mesmo quem estabelece os padrões morais para a existência humana. Assim, podemos perceber que há um outro conceito de liberdade, e este, está associado à Verdade que é Cristo. “... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Segundo o pensamento cristão, o existencialismo sartreano é um atentado contra o próprio Cristo e à moral do Evangelho. O cristianismo, então, descreve a liberdade como produto da ação libertadora do filho de Deus. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.

De posse dessa compreensão, nossa noção de liberdade não poderá ser separada da Verdade que é Cristo. Somente Cristo liberta verdadeiramente. Somente Cristo nos faz gente, nos faz pessoa. A dignidade humana, portanto, é restaurada na pessoa de Cristo, e nós, que já o experimentamos, nos tornamos responsáveis diretos pela vivência desta verdade libertadora. Viver a verdade que liberta é viver o próprio Cristo em sua essência. Assim afirmou o professor Roberto Crema: “Um ser humano pleno é aquele cuja essência se manifesta na existência”. Se a essência, de fato, se manifesta na existência, cada cristão que tenha passado por uma experiência pessoal com Cristo, a essência da vida, terá a Verdade fluindo do seu interior. Assim, deverá viver essa Verdade da forma mais prática possível. Somente assim poderá produzir libertação a si próprio, e também a outros.

É justamente na medida em que se vive como pessoa que se pode entender a visão cristã. Não esqueçamos que o conceito de Trindade, que é essencial no Cristianismo, consiste precisamente em uma interpretação pessoal de Deus, tão pessoal que é tri-pessoal; isto é: há relações pessoais até dentro da divindade, há uma vida divina que tem uma característica intrinsecamente pessoal. E isto é de capital importância. Essa relação pessoal nos remete a um princípio básico da fé cristã: O novo nascimento. Será através desse princípio fundamental que experimentaremos o verdadeiro evangelho de Cristo.


II

Uma jornada de fé através do verdadeiro evangelho de Cristo


A igreja de Cristo ocupa essa função de produzir uma fé que não se limita nem pode ser aprisionada pelo prazer dos atos litúrgicos em seus “espaços sagrados”. Há um mundo marginalizado à sua volta que sofre e clama por socorro; que geme aguardando a manifestação dos filhos de Deus. Em resposta a esse clamor, o Senhor Deus espera que olhemos para o mundo com o mesmo olhar que Ele tem olhado. Jesus fez assim, quando tomou a forma humana e se misturou com os seres humanos identificando-se com os seus sofrimentos e suas angustias.

Jesus usou a maior parte do seu tempo ensinando doze homens a reproduzirem a verdadeira fé. Sua escola era o mundo, as salas de aulas eram as ruas e o quadro de giz, a sua própria vida. Seus alunos eram as multidões famintas, cansadas e oprimidas, às quais ele dizia: “Venha a mim e eu aliviarei o vosso sofrimento”.

O maior exemplo de uma Igreja viva encontramos em Jesus. Sua igreja sempre estava onde o povo estava; inserida na vida cotidiana de um povo desalentado e sem esperança. Não veio chamar os justos e sim, pecadores ao arrependimento. Não veio para os sãos e sim para os doentes. Por isso ele era achado na maior parte do tempo em meio às multidões oprimidas pelo pecado.

Uma igreja verdadeiramente evangélica é aquela que se ocupa da evangelização. Mas o que é evangelizar? “Evangelizar é: viver com o outro, morrer com o outro para salvar o outro”. O Senhor Jesus espera que a igreja que ele edificou, comprando-a com o seu próprio sangue, seja fiel cumpridora dessa missão inacabada, a missão de propiciar uma vida com dignidade para todos os perdidos, oprimidos e marginalizados.

Para Jesus, cada ser humano era de extraordinário valor, principalmente aqueles para os quais ele mandou dizer a João que o evangelho era pregado: “Aos pobres é anunciado o evangelho”.

Os pecadores eram sua principal preocupação, e via a cada um como gente e não como coisa. A humanidade tem vivido hoje o drama da coisificação do ser, perdendo a cada momento a sua dignidade. Eis a importância da missão integral da igreja do Senhor. Além de vivenciarmos o verdadeiro evangelho de Cristo, e isso de forma prática, precisamos compreender que temos um propósito bem definido: restaurar a dignidade humana.


III

Uma jornada de fé a serviço da dignidade humana


Vê-se que o homem não é coisa; sim, ele tem coisas, faz sua vida com coisas, mas em nenhum sentido ele é coisa... Tem, em certo modo - na medida em que é corpóreo, em que é alguém corporal - uma dimensão natural, isto é fundamental, também. Mas, ele não é nenhuma coisa; ele é perspectiva, é projeto, é missão, é vida constituída da imagem e semelhança de Deus.

Pensar a igreja a partir de Jesus é pensar uma religião que cumpra sua missão de forma integral e que busque o ser humano em sua totalidade. O modelo de igreja cristã que precisamos buscar hoje é o mesmo ensinado pelo próprio Cristo: Uma igreja que seja capaz de olhar o ser humano como humano e não como coisa.

Temos, então, enquanto igreja de Jesus, a responsabilidade de comunicar um evangelho destinado aos pobres, às multidões aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. Assumir a causa do pobre, do órfão, das viúvas é vivenciar a verdadeira religião. O Senhor Jesus acreditava tanto nisto que não conseguia se apartar das multidões. Estava nEle o compromisso de participar diretamente da dor e do sofrimento de todos os que a Ele se achegavam. Mas não somente isto, Jesus interferia no caminho dos oprimidos, a fim de restaurar-lhes a dignidade.

“Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles. Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho”. (MATEUS 11:3-5)

Portadora desta Verdade que liberta, o que a igreja tem feito? Costumo perguntar aos crentes: O que a sua igreja tem feito de meia noite às seis? A resposta tem sido sempre a mesma: - “De meia noite às seis, dormimos”. Hoje já tenho outro questionamento: O que a sua igreja está fazendo de seis à meia noite? A resposta é quase a mesma: - “Durante o dia trabalhamos e à noite estudamos, dormimos ou vamos à igreja”.

Vamos personalizar essa pergunta: O que eu, como igreja de Jesus, tenho feito de seis à meia noite?

Como discípulos de Jesus precisamos ter plena consciência da extensão da Missão. Assim, tenho que me perguntar: Quem vai tirar os moradores das calçadas e das pontes? Como conseguimos dormir profundamente, sabendo que existem pessoas ao relento? Como conseguimos almoçar sossegadamente sabendo que em nossa cidade há pessoas que não têm o que comer? O que estou fazendo para minimizar o sofrimento dessas pessoas. “O que estou fazendo, se sou cristão, se cristo deu-me o seu perdão...”.

Muitos dos pais da igreja foram mortos por acreditarem neste evangelho libertador, o evangelho que salva, que cura e liberta. Crer no Evangelho de Cristo é muito mais do que crer na força de uma ideologia, como muitos o fizeram enfrentando sistemas e regimes políticos altamente opressores. O livro a Era dos Mártires relata o testemunho de centenas de pessoas que foram mortas por defenderem o Evangelho de Cristo, por crerem que em Cristo é possível viver uma vida liberta da escravidão.

Entre os anos de 1964 a 1995, 1700 líderes morreram defendendo a cousa dos pobres, desempregados e injustiçados. Líderes sindicais, religiosos, homens e mulheres que decidiram defender a causa dos oprimidos. Eles fizeram de suas vidas verdadeiros instrumentos libertadores das classes desfavorecidas.

Mas e quanto ao verdadeiro evangelho de Cristo, o que podemos dizer? O grande problema é que temos vivido uma religião apontada apenas para o Céu, nos esquecendo do que disse o Senhor Jesus: Seja feita a tua vontade assim na terra como no Céu. Mas a verdadeira igreja e os verdadeiros crentes são aqueles que exercitam a fé com um olho na Bíblia e o outro na vida.

Jesus expressa bem isso na Parábola do Bom Samaritano, quando condenou a hipocrisia na religião judaica, uma religião liturgicamente perfeita, porém distanciada da Vida. Nessa parábola, o Mestre estava ensinando uma nova ordem religiosa, que não estava presa ao templo, uma religião que se importava com a vida das pessoas.

A Igreja de Jesus era assim: Vivia a serviço do próximo. Nesse sentido precisamos voltar ao passado e aprender um pouco com o mestre Jesus. O serviço ao próximo é algo tão sério que Ele dedicou alguns versos escatológicos importantíssimos a esse respeito:

“Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me”. (MATEUS 25:34-36).

Neste texto, Jesus está se referindo ao Juízo Final, e também mostrando através dele algumas atitudes que serão consideradas naquele dia. Ele fala sobre os da direita e os da esquerda, sendo que, os que forem colocados à direta, serão os herdeiros do Reino. Os da direita, particularmente neste texto terão como parâmetro para o Juízo as suas obras realizadas no mundo presente. Há, portanto, uma missão a ser cumprida na terra.

Ninguém é liberto por Cristo da escravidão do pecado para se tornar um mero expectador dos cultos. Somos libertos para libertar a outros. Enquanto igrejas do Senhor Jesus, nós temos a missão de libertar os cativos de seus cativeiros. Jesus disse que somos responsáveis diretos nesse processo libertador e isso é colocado por Ele como um fator identificador para a posse do Reino dos Céus.

Disse o teólogo Gustavo Gutierrez: “A terra é o lugar de encontro de Deus com as criaturas humanas”. Segundo a visão deste teólogo, é neste mundo e não na eternidade que desenvolveremos nossa espiritualidade e o nosso serviço cristão. O monge tibetano Dalai-Lama disse: “Um cobertor que não aquece deixa de ser cobertor”.

Jesus diz aos seus discípulos que servir ao próximo é servir ao próprio Cristo:

“Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. (MATEUS 25:37-40).

Um cristianismo que não liberta, deixa de ser cristianismo. Um cristão que diz ter fé e ainda não descobriu o mundo do outro, não sabe o que é ser de Cristo. Descobrir o mundo do outro é descobrir o próprio Cristo. Por isso Jesus coloca este peso de seriedade nos parâmetros do Juízo Final. Omissão de socorro é considerado por Jesus como falta grave.

Há muitos cristãos que ainda não experimentaram a liberdade em Cristo, Estão presos às suas ignorâncias, preconceitos, vivendo um cristianismo que não sai do papel. Se, pois, é a Verdade que liberta, por que a Verdade que está em mim não está produzindo libertação no outro. Até quando?

Há também aqueles que são verdadeiros consumidores de culto. Consomem as energias do pregador, as mensagens, a água e a luz do templo, etc. São incapazes de fazer qualquer coisa que contribua para o reino. São legítimos parasitas. Estes não são livres e, portanto, são infrutíferos. A estes o Senhor Jesus tem a seguinte declaração:


“Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me. E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”. (MATEUS 25:41-46)

O Evangelho de Cristo, a verdade que liberta, traz consigo a doce e sublime promessa: “Se, pois, o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. (JOÃO 8:36).


Conclusão


Missões é, de fato, uma jornada de fé, mas nunca algo utópico, um sonho impossível de ser realizado. Devemos considerar em primeira mão aquele que é o Senhor da missão e estarmos unidos a ele sempre. Somos portadores da verdade que liberta e precisamos vivê-la de forma integral. Precisamos também entender que a igreja do Senhor é devedora do anuncio do verdadeiro evangelho de Cristo, e que a dinâmica do anúncio nos remete à compreensão de uma igreja mais viva e inserida na vida cotidiana do povo. Como já mencionado anteriormente, “evangelizar é: viver com o outro, morrer com o outro para salvar o outro”. Este é o exemplo que encontramos em Jesus e, como sua igreja ativa e operante na terra, precisamos reproduzi-lo.

A igreja de Jesus precisa rever o seu conceito de “Missão” e entender que o seu trabalho é o de salvar o homem integral e não somente a sua alma. Assim, deverá inserir em seu programa missionário a visão integral de missões. Deverá investir no resgate de um ser humano escravo de suas angustias, dores e sofrimentos. Para que isso se torne possível deverá, antes de tudo, descobrir o mundo do outro. “Ninguém consegue tirar alguém da lama sem sujar as mãos”. Jesus foi duramente criticado por se misturar com os pecadores, mas, consciente de sua missão, respondeu seguramente: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento”. (LUCAS 5:31-32).

*Evanildo Ferreira da Silva
Pastor da Igreja Batista Monte Sinai
Montes Claros, MG.

30 comentários:

Unknown disse...

Missão - Uma Jornada de Fé

Verdadeiramente a igreja está dormindo, não estamos fazendo missão como Cristo nos ensina na Biblia Sagrada, estamos preocupados com os são e não com os doentes. Vamos então mudar nossos conceitos, se somos mesmos libertos do pecado, devemos então sermos canal de libertação para muitos que estão presos em todo tipo de pecado, ou seja, nas drogas, na bebida, na idolatria, no adultério, na mentira etc. Devemos também lembrar dos que estão ao relento e fazer evangelismo e ação social ao mesmo tempo como Jesus fazia. Podemos sim arrastar multidões como Cristo arrastava, mas pregando o verdadeiro evangelho que da libertade. Não pregando o que querem ouvir e sim pregar que Cristo salva e liberta, e que o mundo jaz no Maligno. E mostrar que quem tem fé são aqueles que estão atrás de vidas para o Senhor Jesus!
E nunca nos envergonharmos do Evangelho do Senhor Jesus, pois, o apostólo Paulo disse:"Não me envergonho do Evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.(Rm 1:16)". Infelizmente tem muitos que parecem ter vergonha de testemunhar de Jesus, pois, preferem ser meros espectadores de cultos, em vez se relacionar com seus colegas de trabalho, faculdade e vizinhos apresentado Cristo com salvador, e levando - os à igreja no domingo, onde normalmente os semões são evangelisticos.

Ezequiel Ribeiro Pinho
Shekinah.ezequiel@oi.com.br

Elino Gomes disse...

Creio que fazer missões é questão de amor e compromisso e estas características estão em processo de declínio por parte de muitos evangélicos.Muitos nos dias atuais tem dificuldades de ir ao santuário para louvar e adorar ao SENHOR com outros irmãos,imagine só se compromissar com a obra? Creio que o maior problema esta na prática da oração e o alimentar da Palavra, pois sem estes ingredientes missões não se realizará. Como realizar missões se não tem vida de oração. Como fazer missões se não tem prazer no estudo da Palavra.O grande problema da igreja do SENHOR JESUS com a obra missionária é a falta de amor pelas almas perdidas, devo esclarecer que ainda existe uma minoria que continua perseverante, louvado seja DEUS por estes irmãos valorosos.Realmente: missões é um jornada de fé.

Anônimo disse...

COMENTÁRIO DO TEXTO: “MISSÕES – UMA JORNADA DE FÉ”


Observo o texto “missões uma jornada de fé”, como sendo uma verdadeira arma para a igreja de Jesus, se todos atentassem para esse tipo de missões, que na verdade é o que Jesus propôs, teríamos hoje uma igreja mais pautada no amor ao próximo, viveríamos menos hipocrisia e mais unidade. Difundir o evangelho por meio de missões deixaria de ser um fardo para muitos e passaria a ser poder de Deus como bem falara o apóstolo Paulo em Rm 1.16.
É importante ressaltar a condição em que o homem vê a expressa verdade de Deus para a terra. Segundo o texto, Pilatos via essa verdade como um objeto, Jesus a via como uma pessoa, ele era essa pessoa (Jo 14.6). Como então, o cristão vê essa verdade? Alguns conhecem Jesus como Pilatos, simplesmente de ouvir falar, por isso infelizmente o Salvador ainda é só um objeto para muitos.

Karine e Igor disse...

Viva a Missão Integral!

Missão é isso. A Igreja de Cristo precisa despertar, e unir-se, deixando as placas denominacionais, e se impondo na sociedade como Igreja de Cristo, que faz diferença e se importa com a injustiça.
A Igreja tem se voltado pra dentro de si mesma, e esquecendo-se de ser Igreja de Cristo na sciedade.
Outro equívoco, é achar que devemos nos importar com as injustiças sociais, esperando algo em troca, as almas, os membros pra nossas igrejas. Claro que devemos pregar o Evangelho, mas Jesus curou, libertou os oprimidos, matou a fome, não só dos que o aceitaram. Ele fez, simplesmente fez, sem esperar que se convertessem.
Qual a difernça que temos feito na socieade como Igreja de Cristo? Temos sido só igreja evangélica?
Pois devemos ser Igreja de Cristo que se impõe diante dos "grandes" em prol do necessitado, dos que vivem a margem da sociedade.

"Igreja de Jesus: resposta de vida para os dias atuais."

ANNE KARINE - 2º ANO

Karine e Igor disse...

Disperta igreja!

A igreja tem perdido o foco, tem dado muita atenção à uns aspectos e se esquecido de outros, na verdade são as principais metas que não tem cido cumpridas. Não é uma questão de não saber,pois bem sabemos da verdade de Cristo,o fato é,que o importante não é aquilo que sabemos mas aquilo que nós fazemos com o que sabemos. Cada um entende o seu papel de ser discípulo de Cristo, mas ter o conhecimento sem aplicá-lo, não tem serventia.
Jesus sempre esteve em meio a multidão, ele veio para os fracos não para os fortes, ou seja Jesus veio trazer vida à terra seca de cada um, Jesus vê o homem como gente da mesma forma que um pai vê um filho, com muito amor, e a igreja tem visto o homem como objeto, muitos estão preucupados com templos grandiosos, em encher igrejas, outros até tem uma visão de missões mas não vêem a missão que esta na calçada pedindo esmola.
No texto “missões - uma jornada de fé” fica claro a troca de valores que tem acontecido, pois se dispor a ajudar os pobres,num sentido de se deixar viver com o outro, morrer com o outro, para salvá-lo, tem se tornado bem raro nas igrejas.
Não podemos viver como igreja de Cristo desta forma, a verdadeira Igreja de Cristo, o verdadeiro Evangelho numca foi nem será assim, então o que estamos sendo? Será que estamos sendo verdadeira Igreja de Jesus?
Cada um deve tomar sua atidude e não ficar sempre esperando que alguém tome, porque é nossa obrigação como servos de Cristo, cabe a cada um de nós fazer a sua parte.

IGOR RAFAEL - 2º ANO

Pr. Alysson Diniz R disse...

"Houve um tempo que ser alguém que proclama o evangelho era simplesmente um estilo de vida, pois o desejo ardente de ver vidas transformadas foi se perdendo ao longo do tempo a medida que as portas da igreja não prevaleceram contra o secularismo, levando a cada coração dos crentes uma acomodação escravizadora.
pedimos a Deus que traga aos nossos corações as verdades ensinadas pela sua palavra, verdades estas que nos liberta de toda preguiça, acomodação e visão mediocre de Reino. Missões verdadeiramente é uma jornada de fé, pois se a fé não estiver presente neste trabalho, como as pessoas chegarão ao obtê-la para sua salvação."

Rosimeire Batista Aguilar disse...

Missões- Uma Jornada de Fé

Nos últimos tempos, a igreja tem passado por uma grande transformação onde vem perdendo o seu papel como igreja,sua sensibilidade,o amor pelas almas,deixando de cumprir o seu pricipal objetivo que é o de semear o evangelho,que é a palavra da verdade que liberta, a palavra de Deus aos doentes,perdidos e sedentos que buscam uma nova vida. A igreja tem deixado de realizar missões,evangelismo,tem trocado de atiudes e mudado de conceitos. A igreja tem que despertar e "Fazei discipúlos de todas as nações (Mateus 28.19),em obediência á ordem de Jesus, apregoando o evangelho aos quatro cantos deste mundo.

Rosimeire Batista Aguilar - 2º ano

Fabricio disse...

Missão - Uma jornada de Fé

Vivemos uma época em que ao invés da igreja fazer a diferença evangelizando o mundo é o mundo que está mudanizando a igreja trazendo sobre si um poder anticristão com caráter de apostasia. Infelizmente a igreja está desvituando seus valores cristãos ,tem trocado de atiudes ,fazendo determinadas concessões,deixando com isso de evangelizar aos perdidos,proclamando a palavra de Deus para mercantilizar a fé. A igreja tem voltar a essência,praticando mais o amor, priorizando mais a evangelização pois a igreja que não evangeliza,se fossiliza.O evangelho pregado produz a fé e o crescimento,pela ação do Espirito Santo.

Fabricio Walmer - 2º An0

carlos do rei disse...

Olhem para os campos, estão prontos para a colheita mas, cadê os seifeiros? Vidas estão a morrer a mingua, por falta de uma palavra que liberta, de um ato de amor.Pobreza, luxúria, fome, desperdício de alimentos, cegueira espiritual por falta de pessoas para evangelizar. MIssões é agir com fé ante a tantas indiferenças que o mundo nos mostra a cada dia, tentando enfraquecer o ato de levar as pessoas ao verdadeiro caminho que liberta, cura, restaura, e salva.Temos que sair das quatro paredes e ir aos campos.


Carlos Antonio 2° ano

Unknown disse...

O perigo de muitas igrejas evangélicas nos dias de hoje é exatamente esse, ser influenciado de maneira errada sobre o evangelho. Como podemos ler em 2 Coríntios 11.14 e 15 não devemos nos espantar que Satanás e seus servos se disfarçam de anjo da luz e servos da justiça. Cabe a nós, a verdadeira igreja de Cristo que acredita nA VERDADE em pessoa buscar e entender a verdadeira justiça de Deus, levando o verdadeiro e completo evangelho ao mundo que dele precisa.

Sou Kiko disse...

Em nossos dias está muito dificil de se pregar o evangelho segundo Cristo nos ensinou as nossas verdades não são as mesmas do mestre tudo que precisamos fazer rever nossos costumes e tentar corrigir nossos erros voltar aos moldes da Igreja Primitiva fazer como Jesus pediu para que fizessemos olhar para todos e viver em amor e principalmente SERVIR palavra que está fora de moda de nossos pulbitos e ações. Mas que DEUS nos dê chance e tempo para concertar.Genilton

Ricardo disse...

Nós como crentes temos a obrigação de pregar o evangelho do amor, mas não esta acontecendo assim porque estamos mais preocupados com o nosso bem estar enquanto o mundo padece nas drogas, prostituição e alguns outros males. A Bíblia nos diz que “aquele que sabe fazer o bem e não a pratica comete o pecado” e vivemos neste mundo de mentira como se na soubéssemos de verdade, damos mais prioridade ao nosso lazer as nossas comemorações do que proclamar o Reino de DEUS vivendo o evangelho de Cristo. Quando somos novos convertidos queremos pregar o evangelho para todas as pessoas, mas o tempo vai passando e começamos a perder a visão do “Ide” do Senhor como se fosse um carro novo, que com o passar do tempo começa a perder as peças por falta de revisão, sendo assim devemos revisar as nossas vidas em relação no dever da Igreja e de cada irmão individual para a salvação daqueles que conhecemos, mas também daqueles que apenas conversamos no trabalho, escola, praça, banco e etc. È assim que o Senhor da ceara quer que nós façamos:

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. Amém. (Mateus 28:19-20).

robim disse...

O referido texto chama a atenção para o estado em que a igreja se encontra, ou seja, o estado em que nós nos encontramos. Cada um deve perguntar a si mesmo:o que tenho feito em prol da pregação do evangelho? qual tem sido a minha contribuição? A atual situaçõa da igreja demonstra que a mesma não já não consegue desenvolver o envangelho como ogrande mestre: Cristo, na verdade como o proprio autor diz demontra que a igreja não consegue manter um relacionamento continuo com o Pai. Vale ressaltar que a liberdade apresentada por Cristo vem acrescida de responsabilidade, ou seja, todos nós que tivemos a graça de conhecermos a verdade temos também a responsabilidade de divulgar as boas novas, isso não é um convite é uma ordenança.

Érika 3° ano

Ricardo disse...
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Ricardo disse...

Em algum ponto da historia recente a Igreja de Cristo perdeu a visão do que é sua missão.Toda ou quase energia da Igreja esta sendo usada em si mesma,para o seu conforto e as vezes vaidade.
É desanimador observar que Igrejas batistas (falo da minha denominação, pois é a que eu mais conheço)então há dificuldades inseridas na comunidade sem brilhar e sem fazer diferença.
A vida da Igreja se resume em manter 3 cultos semanais,todo recurso financeiro é destinado a folha de pagamento e contas regulares,não há projetos de crescimento de nenhuma espécie.Há irmãos que só vão ao templo por costume,não lhes ensinaram e não procuraram aprender o porque da Igreja na terra.Todos que vão sendo incluídos logo se adaptam ao clima semi-vegetativo. É desnecessário falar das rixas,entrigas e escândalos nossos de cada dia!
Com certeza a solução de tais questões não é fácil ou rápido,mas penso que como em outras épocas da historia da Igreja deve começar nos lideres que precisam urgentemente busar a gloria de Cristo.vivemos dias em que a referida gloria está sendo disputada por pastores,missionários,Igrejas locais, cantores etc.

NOME: Welberty vieira 2ºano

Edivan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Edivan disse...

É claro que para ser um anunciador do evangelho é preciso ter fé em Cristo e consciência de que tudo que Ele fez foi com o propósito de salvar o homem livrando-o da condenação eterna, “sem fé e impossível agradar a Deus”. Quando a verdade é real em nossas vidas queremos passá-la adiante, como o próprio texto diz: Se, pois, é a Verdade que liberta, por que a Verdade que está em mim não está produzindo libertação, a verdade é que somos omissos com nossas obrigações e até muitas vezes egoístas, Cristo nos libertou e é nossa obrigação fazer com que outros venham ser libertos. O mundo está um caos e não fazemos nada para transformá-lo, só o que sabemos é criticar e como somos bons nisso. A verdade muitas vezes é difícil de aceitar, mas infelizmente essa é a realidade, somos incoerentes porque falamos uma coisa e vivemos outra, sabemos a verdade, no entanto não cumprimos com nossa obrigação.

islandia disse...

MISSÕES- UMA JORNADA DE FÉ.

Missões é verdadeiramente uma prática de fé. É difícil de ser realizada por todos os crentes, porque muitos não tem esta poderosa visão passada por Cristo Jesus. Mas para termos vitória nesta caminhada de fé, é preciso estabelecermos padrões que estejam baseados nos princípios de existência e necessidades do ser humano, firmado na prática da verdade.

(Jose Gonçalves dos Santos)

Unknown disse...

Contudo,é notório percebemos com relação a missão integral que a igreja atual esta muito relapsa em relação ao tema, falando de missoes percebe-se muitas vezes a falta de recursos pelas igrejas no investimentos para alcançar almas, é preciso de um modo geral acordarmos e dar mais de nós mesmos pela obra missionária. O exemplo maior de missões é o próprio senhor Jesus que andou no meio do povo pecador e fez de sua vida “uma missão integral”.
Podemos então com esse exemplo, doar nossa vida em prol do reino.
Missão integral de acordo com o texto é responsabilidade da igreja de Cristo.

Alan Keyne disse...

Falar sobre missão hoje é complicado porque ou já se ouviu tudo a respeito, ou não se da a devida importância a ela.
Missão integral então da pra se imaginar; o evangelho todo para o homem todo parece algo impossível, mas não foi o que Jesus nos mostrou. Jesus se preocupou com todas as áreas da vida do ser humano e não negligenciou nenhuma de suas necessidades. Ele nos deu o maior exemplo da essência da missão que é o amor pelas almas e a dor por ver os seus perecendo sem um pastor, ele nos deu a incumbência de continuar seu trabalho com o mesmo sentimento e o mesmo intuito. O principio da missão é o amor pelas almas que perecem mas como já foi dito não se dá a devida importância ao trabalho que Jesus começou e nos ordenou a fazer.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Hoje a maioria dos crentes estão preocupados com sigo mesmo e não tem visto como o mundo esta pedindo por socorro.Missões é algo que teve ser feita com amor e o problema das igrejas hoje é a falta de amor. Jesus se preocupou com todas as nossas necessidades, e com todas as almas que ainda não tem ele como salvador, basta a Igreja do senhor levar esta grande mensagem para humanidade.

anderson gualberto disse...

A verdade é algo que todos desejam conhecer. Jesus é esta verdade. Quando Jesus começou a fazer missões ele começou a declarar a verdadeira palavra de Deus, é que ele é a verdade. Em Atos dos Apostolo diz que pela primeira vez os Apostolo foram chamados de Cristãos.AT.11:26.Devemos ter isto em nossas vidas para ser um discípulo de Cristo.

Nádia Alkmim disse...

Adorei seu artigo sobre religião e fé.

Mere disse...

Este texto é muito interessante.
Parabéns!

Luciely disse...

Parabens pelos artigos,sao muito interessantes e enriquecedores.

Hilca disse...

Olá Evanildo,

Gostei muito deste artigo pois retrata a questão da religião e precisamos ser um canal de libertação.
Um abraço

kelly disse...

muito interessante o texto.

Nina disse...

Oi Evanildo,

Parabens pelo seu Blog, gostei muito dos Texto sobre religião esse tema está precisando ser bastante trabalhado.
Abraço

lucilene disse...

gostei muito do texto
lucilene