terça-feira, 30 de julho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
Pastores Segundo o Coração de Deus
*Pr. Evanildo Ferreira da Silva
“E dar-vos-ei pastores segundo o
meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência”. (JEREMIAS 3:15).
Esta promessa foi feita num contexto de profunda
desobediência, quando Israel havia virado as costas para o Senhor, prostituindo
de todas as formas perante outros deuses. Mesmo diante de tanta rebeldia Deus
levanta o profeta Jeremias a fim de ser a Sua voz perante o Seu povo. “Vai, pois, e apregoa estas palavras para o
lado norte, e dize: Volta, ó rebelde Israel, diz o SENHOR, e não farei cair a
minha ira sobre ti; porque misericordioso sou, diz o SENHOR, e não conservarei
para sempre a minha ira”. (JEREMIAS 3:12)
O que Deus queria era tão somente que Israel de
convertesse, abandonasse a sua prostituição e voltasse para Ele. “Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o
SENHOR; pois eu vos desposei; e vos tomarei, a um de uma cidade, e a dois de
uma família; e vos levarei a Sião”. (Jeremias 3:12-14). A voz do profeta
Jeremias aponta o caminho da reconciliação, que inevitavelmente aconteceria com
base num sincero arrependimento. É aqui que a figura do pastor aparece: “E dar-vos-ei pastores segundo o meu
coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência”.
(JEREMIAS 3:15).
Estes
pastores prometidos viriam com duas características básicas: Apascentar com ciência e inteligência, ou com sabedoria
e entendimento. Os pastores segundo o
coração de Deus são aqueles que pastoreiam segundo a vontade de quem os chamou.
De acordo com a versão NVI, o pastor é entendido como aquele que governa: “Então eu lhes darei governantes conforme a
minha vontade, que os dirigirão com sabedoria e com entendimento”.
(JEREMIAS 3:15-16).
Está claro que esta não seria uma tarefa fácil,
considerando o estado de rebeldia e o contexto de desobediência do povo. Eis a
importância de uma autoridade que fosse constituída por Deus: “Dar-vos-ei...”. Mas mesmo tendo
consciência dessa autoridade espiritual, estes pastores iriam necessitar de
algumas habilidades essências para a condução desse rebanho tão diverso e tão
complexo. Sabedoria, entendimento, ciência e inteligência seriam as palavras
chaves para um pastoreio bem sucedido.
Pastorear
é uma ação de amor, e não o exercício de uma profissão. Foi o que Jesus
requereu do apóstolo Pedro quando o confrontou: “Pela terceira vez, ele lhe disse: Simão, filho de João, você me ama?
Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez: você me
ama? E lhe disse: Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo.
Disse-lhe Jesus: Cuide das minhas ovelhas”. (JOÂO 21:17). A característica
fundamental do pastor é o amor expresso no cuidado para com as ovelhas. Jesus,
referindo-se a si mesmo como o sumo pastor, disse: "Eu
sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. (João 10:11).
Não há amor e cuidado maior que este expresso na fala do Mestre Jesus. Os
pastores segundo o coração de Deus, além de terem consciência da missão
recebida, a exercem movidos pela capacidade de amar e cuidar, nos mesmos moldes
do amor e do cuidado de Cristo por sua igreja.
São
estes os pastores que Deus Prometeu a seu povo. É importante ressaltar que esse
ministério não é uma invenção humana e, portanto, os princípios que norteiam
suas ações também são dados pelo Senhor. Cabe, portanto a cada pastor
sujeitar-se ao senhorio do Sumo Pastor,
e, a cada rebanho, submeter a autoridade de seus pastores, dedicando-lhes
duplicada honra. “Os presbíteros que
lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo
trabalho é a pregação e o ensino”. (1 TIMÓTEO 5:17).
*Pr.
Evanildo Ferreira da Silva
Pastor
da Igreja Batista Monte Sinai
Montes Claros, MG
segunda-feira, 4 de março de 2013
Uma Aliança Perpétua
*Pr. Evanildo
Ferreira da Silva
Aliança é mais que um
simples contrato. Os contratos têm prazos determinados e podem ser rescindidos
a qualquer momento conforme a conveniência e interesse das partes, ressalvando
suas penalidades previstas. Os contratos podem ser firmados por diversos
motivos ou interesses: Contratos de aluguéis, contratos de locação de veículos,
equipamentos para construção... Incluem-se também os já tão conhecidos contratos
de casamentos.
Uma aliança é absolutamente distinta dos contratos. O conceito bíblico de Aliança pouco se assemelha aos contratos. Enquanto que os contratos são celebrados com tempos determinados, a aliança tem caráter vitalício, ou seja, só poderá ser desfeita com a morte de uma das partes ou por infidelidade aos termos da aliança. O casamento é uma relação de aliança, cujos termos deverão ser observados pelos cônjuges enquanto viverem. No Antigo Testamento o adultério era considerado crime, porque violava os termos da aliança conjugal e, portanto, recebia pena capital, a morte por apedrejamento.
Deus sela uma aliança de sangue com Abrão jurando fidelidade incondicional: “Eu serei o seu Deus”. Nos termos da aliança estava o pacto de fidelidade, o qual Deus prometeu sob juramento e estatuto perpétuo. “Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo”, (Hebreus 6:13). Deus jura fidelidade absoluta ao povo que tomara para si. Mas como toda aliança sempre tem dois lados, era esperado fidelidade também por parte do povo. “Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo”; (Hebreus 8:10).
A fidelidade era, portanto, a principal característica de uma aliança. Deus dá a Abrão a garantia de que seu caráter era imutável. “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo”. (2 Timóteo 2:13). Além de fiel, atributo do seu caráter imutável, Deus selou uma aliança de caráter perpétuo com Abrão e sua descendência. “E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti”. (Gênesis 17:7).
Os que são da fé são herdeiros dessa mesma bênção. “De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão”. (Gálatas 3:9). Estamos vivendo em aliança perpétua. Somos também filhos de Abraão e herdeiros das mesmas promessas, as quais foram consumadas na cruz. Cristo é, portanto, a nossa eterna aliança. Ele é a Lei do Senhor escrita em nossos corações. Que possamos dizer como o apóstolo Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. (Gálatas 2:20).
*Pastor da Igreja Batista Monte Sinai
Montes Claros, MG
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